Mesmo antes
de decidir vir para Dublin, eu já ouvia muito sobre a fama do St. Patrick’s
Day. Quando vi fotos da edição de 2011 fiquei apaixonada. De lá pra cá, contei
os dias para a “maior festa de rua da Irlanda”, ou seja, o Carnaval deles. E
depois de um ano sem o meu Carnaval que eu tanto amo em Salvador, eu realmente
esperava muito desta festa.
Eu era a
mais animada da casa, a que mais se pintou, a que mais chamou, perturbou e
vestiu verde todos os dias! Desde sexta estava bem animada para a “micareta” de
quatro dias de festa. A véspera do Paddy’s Day (apelido que a desinformada aqui
só soube há poucos dias) foi bem legal. Teve um palco montado ao lado do Stephens
Greens Park com várias apresentações. Eu resolvi ir cedo, mas por falta de
companhia acabei me arrumando devagar, conversando e tal... pronto! Me atrasei
e só peguei os últimos 40 minutos de farra por lá. Mas ainda assim adorei ver
aquela galera animada dançando as músicas irlandesas. Fiquei lá sozinha
fotografando e filmando um monte!! Uma coisa que me chamou atenção foi perceber
como eles obedecem a proibição de beber na rua. Todo mundo feliz e curtindo sem
nem um copinho na mão. Parece triste para nós brasileiros, mas para eles estava
tudo normal e maravilhoso!
Depois encontrei
com as amigas e fomos para o Temple Bar que estava muito animado e não tão
comportado. Tinha gente do mundo todo! Pessoas passando com suas malas, outras
pintadas, algumas já mais prá lá do que prá cá... pubs lotados! Lá nem todos
estavam muito felizes com o fato de não poder comprar uma bebida e sair bebendo
“de boa”, alguns até beberam um pouco na rua já que seria impossível a Garda
prender todos e porque até para beber nos pubs estava difícil! Mas depois das
10pm não tem jeito! Para continuar a tomar uns drinks só enfrentando a “guerra”
nos pubs lotados mesmo. E assim foi até o corpo pedir cama...
No outro
dia foi a grande festa. A “parada” começou às 12:30pm na Parnell, mas as
brasileiras atrasadinhas de Dublin só saíram às 2pm de casa. Então fizemos o
percusso ao contrário e fomos aproveitando cada passagem. Tudo lindo, crianças animadas...
cada cena linda! Apesar de muita gente na rua, tudo muito organizado, as
famílias inteiras, gente de todas as idades pintadas, fantasiadas... Nenhuma
confusão, empurra-empurra ou medo de assaltos. Tudo na paz! Despois dos
desfiles, as ruas do Temple Bar ficam supermovimentadas! Gente para todo lado,
pubs lotados...
Entretanto,
ainda falta muitoooo para isso ser comprado às festas do Brasil (sobretudo com
o Carnaval!). Falta nossa energia, nosso calor, nossa alegria, nossa emoção,
gritos, pulos! Toda vez que eu escutava uma animação e ia atrás, era um grupo
de brasileiro! Não tem nada igual a gente não! #fato
Até a
organização é excessiva! Nem 5 minutos depois do último carro ter desfilado já
não tinha mais as grades que separam os dois lados do público... eles iam
tirando a medida que o último carro ia avançando... E até o desfile, apesar de
bonito, ficou a desejar (na minha visão brasileira)! Quando tinha um carro
desfilando com som, era aquela música modesta, baixinha... Putz! Era um dia de
festa! Custava colocar um som alto, dar uma animada maior, não?! Ai se eles
soubessem a alegria que é um trio elétrico! Kkkkkk
Para mim,
foi uma festa linda. Eu amei... Mas no Brasil faríamos muito melhor! Kkkkk Mas
é sério, guardada as devidas proporções culturais, foi bem legal. Adoro ver
como eles se organizam, convivem e tentam viver em paz com muito mais sucesso
que a gente, apesar desta “frieza europeia”.
Já me
pergunto se ano que vem estarei de volta ao Brasil querendo estar aqui ou se
estarei curtindo minha segunda edição kkkkkkkkk
Bjs
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